quarta-feira, 15 de julho de 2015

Escola brasileira da rede pública terá ensino do idioma japonês na grade curricular


O Governo do Amazonas já está em fase adiantada de preparação para o lançamento do programa de escola bilíngue na rede estadual de educação. O objetivo do projeto é levar o idioma japonês para todos os alunos da rede.
Uma reunião entre o governador José Melo e o cônsul-geral do Japão, Kazuo Yamazaki, ocorreu em Manaus, na última segunda-feira (13) e teve como tema central a implantação do projeto. A colônia japonesa no Amazonas é a quarta maior do país e tem cerca de 160 mil descendentes. Nos últimos anos, o Amazonas tem recebido muita atenção dos investidores japoneses e se tornou uma rota estratégica de negócios no país. Hoje, são mais de 30 empresas em operação em todo Estado.
“Nosso Estado e o Japão têm uma relação fraterna há muito tempo. Foram eles que introduziram a juta e a malva e, hoje, temos muitas empresas no Polo Industrial de Manaus. São grandes empresas que geram emprego e movimentam nossa economia”, disse o governador.
O projeto-piloto da escola bilíngue japonesa vai se iniciar pela Escola Estadual Djalma Batista, zona sul de Manaus. A escola está sendo reformada e adaptada pelo Governo do Estado para funcionar como unidade de ensino em tempo integral, como são a maioria das escolas no Japão.
Os investimentos são da ordem de R$ 10,5 milhões e as obras são vistoriadas de perto pelo governador. Em fase de finalização, a unidade estará pronta para dar início ao projeto no ano letivo de 2016.
E o projeto não se limita apenas ao aprendizado do idioma. Os alunos também irão estudar algumas disciplinas da grade, em japonês. O currículo escolar está sendo especialmente elaborado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) por especialistas em educação do Consulado do Japão.
Para Rossiele Soares, secretário de educação do Estado do Amazonas, o projeto vai muito além de um curso de idiomas. “Teremos uma escola funcionando com equipamentos e ambientes voltados para o ensino da língua japonesa. Laboratórios de linguística, ambiente de leitura, professores com formação apropriada. É um projeto-piloto e já estamos em negociação para implantar escolas bilíngues em outros idiomas, como inglês e espanhol. A ideia é que no contra-turno eles aprendam disciplinas na segunda língua. É mais que um curso de idiomas”, afirmou ele.
A Seduc mantém, atualmente, um programa denominado “Amazonas Bilíngue” que oferece cursos de inglês para estudantes dos 1º e 2º anos do ensino médio, visando prepará-los para o mercado de trabalho, especificamente para áreas como o turismo. Mais de 700 alunos são beneficiados pelo programa em todo o Estado.
O cônsul do Japão vê a expansão do aprendizado do idioma como é um marco estratégico para beneficiar o mercado empresarial que se instalou no Amazonas nos últimos anos. “É interesse do governo japonês, queremos ampliar a língua aqui por causa da presença maciça das empresas japonesas”, declarou.
Alunos brasileiros da rede pública estadual, com ensino de língua e cultura japonesa na grade curricular! Com certeza, uma iniciativa louvável que deveria ser seguida em outros estados do Brasil, inclusive em outros idiomas.
Com a globalização e o alargamento de fronteiras, a educação do indivíduo é, sem dúvida, a chave que abrirá um mundo inteiro para quem, até então, não tinha oportunidades.


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